quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016



Plantas que lavam!


Sabiam que existe uma planta que ajuda na lavagem da roupa?

A planta Saponaria tem sido usada, desde os tempos antigos, para lavar roupas e lãs.

Assim, era normal, colocar-se um monte de rizomas numa banheira ou bacia com água e deixar as roupas de molho durante a noite. No dia seguinte, a roupa era lavada e enxaguada. A acção detergente criada por esta planta ajudava a retirar toda a sujidade.



Hoje em dia, já ouvi falar nas nozes de saponária...disponíveis para colocar até na máquina da roupa. Mas estas nozes de saponária vêm da Sapindus mukorossi, e não da Saponaria officinalis!!Como ainda não experimentei não posso aqui dar a minha opinião mas pelo que pesquisei colocam-se as nozes dentro de um saquinho de algodão ou mesmo de uma meia. Acrescentam-se ao tambor da máquina. Será aconselhável suspender o programa de lavagem  durante uma ou duas horas depois da roupa ter sido enxaguada para dar tempo às nozes de libertar a saponina e poder ter um efeito detergente maior. No final, a roupa sai limpa e com cheirinho a nada (sim... os cheirinhos agradáveis são resultado de essências normalmente químicas adicionadas aos detergentes)
Mas para quem gosta de aromas agradáveis na roupa, sempre pode acrescentar umas gotas de óleo essencial no saquinho ou na meia.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

“Bio-absorventes”

Alguma vez já pensaram no impacto que os pensos higiénicos tem na nossa saúde e no ambiente?
Durante o ciclo reprodutivo de uma mulher esta pode utilizar de 10 000 a 15 000 pensos higiénicos.
Esta quantidade de pensos pode demorar cerca de 100 anos para se decompor!

A nível anual, estima-se que são lançados para os aterros 45 000 milhões destes produtos que levarão centenas de anos a degradar-se no ambiente ou que emitirão gases tóxicos ao serem incinerados. 

Já todos vimos pensos higiénicos nas praias, mares, rios... também, os aplicadores de tampões são paisagem habitual e os danos ambientais incluem a degradação da flora e a morte dos animais marinhos que os ingerem por engano.

Os tampões e pensos higiénicos descartáveis são geralmente compostos por uma mistura de algodão e viscose, polímeros superabsorventes, plástico impermeável e outros aditivos desinfectantes, perfumes, bactericidas, fungicidas, gel absorvente, colas, entre outras coisas. A fase de branqueamento destes produtos torna o penso ou tampão branco mas, quando feita por cloro, produz resíduos de dioxinas, substâncias altamente tóxicas para a saúde e o ambiente.

Ou seja, são todos aqueles produtos que aconchegamos bem junto ao nosso corpo durante o nosso ciclo menstrual.

Há uns tempos atras tive conhecimento de uma notícia em que a Evax declarava fim ao odor com a invenção de mais um penso higiénico. Mas que odor??? Aquele que é causado pela degradação dos compostos químicos existentes nesses mesmos pensos? É que o sangue em si... não cheira mal...
Mas depois li um comentário que vou transcrever por me ter identificado completamente com ele.  “A Candidíase fazia volta e meia ninho na minha vagina... as ginecologistas que consultei disseram-me que a minha flora vaginal era muito sensível e que bastava uma mudança de temperatura, alimentar ou de humor que a dona candidíase fazia-me uma vista e que não havia muito a fazer.Mas como diz a minha avó "El pescado y las visitas a los tres días apestan " e eu já estava farta desta visita e as ginecologistas não me convenceram, consultei uma terceira que me perguntou: Como te relacionas com os cheiros da tua vagina? E como te sentes com os pensos? As preguntas ficaram na minha cabeça... na verdade nunca gostei deles... sempre me causaram comichão e irritações. Então procuras um pouco mais de informação.... Ouves mais o teu corpo e.... DEIXEI DE USAR PENSOS. Sim os pensos que estes senhores nos querem vender como algo imprescindível e fantástico. Deixei de usar pensos CHEIOS DE QUÍMICOS que alteravam a minha flora vaginal, pensos que faziam com que eu desprende-se um odor forte (nada natural nem parecido com o meu odor natural) ... e DEIXEI de TER candidíase. Também não uso pensos diários para proteger as minhas cuecas porque não tenho de que as proteger... e os tampões foram fáceis de esquecer pois nunca me seduziram. Por isso o que eu gostava era que realmente estes senhores-senhoras da industrias dos pensos usassem a cabeça para inventar algo realmente útil para as mulheres e acima de tudo respeitoso com o meu corpo." *

Bem mas a boa notícia é que existem alternativas: pensos higiénicos reutilizáveis e biodegradáveis produzidos em tecido de algodão. Têm abas que se prendem nas cuecas
tão bem como um penso descartável. Duram de 6 a 10 anos, conforme o cuidado que se tenha.
Usam-se da mesma forma que os descartáveis porém após a sua utilização deixa-se de molho em água por algumas horas (ou de um dia para o outro), e depois é só lavar (de preferencia com sabão natural), por a secar... como qualquer outro tipo de roupa... e estão prontos a ser utilizados no mês seguinte.

Os pensos ecológicos tem as mesmas dimensões de um penso higiénico descartável, têm uma parte externa (colorida) feita com tecido de algodão, um botão de pressão para prender nas cuecas e uma parte interna que pode ter uma ou mais camadas conforme a intensidade do fluxo.


E quais as vantagens? Para além de não estarmos a prejudicar o meio ambiente e não estarmos a afectar o nosso corpo?

Se estas duas razões não forem suficientes, aqui vai outra: passamos a fazer uma poupança anual de cerca de 100,00€ (entre pensos, tampões, toalhetes e afins)

Mais, os pensos reutilizáveis de algodão não absorvem nem secam a mucosa vaginal, como os tampões nem criam humidade como acontece com os pensos higiénicos. Não criam aquela sensação de assadura nem provocam cheiros desagradáveis

Outra alternativa aos tradicionais pensos e tampões é o copo menstrual.
Já falei do número assustador de pensos e tampões que uma mulher usa, em média, durante a vida - de 10 000 a 15 000 - até à poluição que o seu fabrico produz (sem falar da que acontece depois de os usarmos), passando pelo mal que nos podem fazer, são razões para repensar essa utilização. Como já referi, uma das soluções poderá ser a utilização dos pensos reutilizáveis, laváveis (até na máquina), em algodão ou flanela. 
Mas há uma outra opção: o copo menstrual ou, como é comummente conhecido, o mooncup. Eu tenho o meu e uso-o frequentemente. 
De facto, quem experimenta diz que não pretende, nunca mais, utilizar qualquer outra coisa durante o seu período menstrual. São muito confortáveis, práticos, não há risco de alergias e acabam por ser bastante mais económicos. Mais, não absorve nem seca a mucosa vaginal, como fazem os tampões, nem cria humidade como acontece com os pensos higiénicos. O mooncup é feito a partir de silicone 100% cirúrgico, hipoalergénico, o mesmo que se usa em articulações artificiais e válvulas do coração. O seu design é higiénico, reduzindo a formação de campos bacterianos, reduzindo também o risco de infecções. A sua textura faz com que seja fácil de ser inserido. É amigo do ambiente e pode ser reutilizado até 10 anos.
Ou seja, são menos embalagens, algodão, plástico e aplicadores de plástico a serem deitados no lixo... e do lixo que muitas vezes seguem para os rios, mares, etc... 

Poderás encontrar esta e mais informações nos seguintes sites:

* https://www.facebook.com/EvaxTampax.pt/photos/a.218951578199734.51223.213614245400134/328078167287074/?type=1&theater

http://365coisasquepossofazer.blogspot.pt/2010/10/usar-um-copo-menstrual-aoinves-
de.html
http://www.mooncup.co.uk/
http://www.lunette.com/pt/index.php?id=193

As imagens foram retiradas, aleatoriamente, da internet. 

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016



ÓLEOS ESSENCIAIS OU ESSÊNCIAS?


Muito se fala em óleos essenciais e essências sem se saber, especificamente, a que nos estamos a referir! E será que é um mero preciosismo? Nada disso... existem diferencias e que são bastante importantes.

É raro usar essências na formulação dos meus cremes, sabões, desodorizantes, óleos para massagem e qualquer outro produto de higiene ou beleza natural. De facto, para além de não aportarem qualquer propriedade terapêutica, são compostos por álcool, e que interfere no processo de saboaria.

Então, quais são as suas diferenças?

Os óleos essenciais são substâncias orgânicas, puras, voláteis e extremamente potentes. São considerados a "alma" de uma planta e são os principais componentes bioquímicos de acção terapêutica das plantas aromáticas e medicinais. A título ilustrativo, uma gota de óleo essencial em geral corresponde a 20 ou 30 chávenas de chá daquela erva/planta aromática.

A qualidade de um óleo essencial pode variar de ano para ano, tal como a colheita de um bom vinho! A altitude e o solo afectam a qualidade, tal como o clima e o momento exacto da colheita.

Existem várias formas de proceder à destilação das plantas (a vapor, por solvente ou por prensagem) e assim são obtidos os óleos essenciais contidos na planta.

É necessário ter em conta que, como o óleo essencial é bastante potente, apenas podemos utilizar uma pequena quantidade.

A percentagem dos óleos essenciais a usar depende da sua composição química e varia de planta, para planta, da forma de extracção, do local de cultivo, entre outros indicadores.

É usual usar-se até cerca de 5% do óleo essencial relativamente à quantidade dos óleos vegetais usados numa fórmula de sabão. Num creme ou loção não utilizo acima de 2%.

É, ainda, preciso ter em conta os seguintes pontos:

- Compre sempre óleos 100% puros e que não contém quaisquer diluições bem como tenha a certeza de que são para uso cosmético.

- Existem óleos essenciais que são fotossensibilizantes, isto é, óleos fototóxicos que podem causar graves queimaduras na pele aquando da exposição à luz solar. Ex. em geral os cítricos como bergamota, lima, limão, laranja amarga, entre outros.

- Tenha sempre cuidado se está gravida ou se os produtos são para aplicação em gravidas, bebés ou pessoas com pele reactiva, atópica ou danificada.


As essências não são naturais! E de facto, a grande maioria dos produtos que se vendem contém estas essencias e não os óleos essenciais.
Mas o facto, é que a primeira coisa que alguém refere quando pega num produto é: "ai que cheirinho bom!!"  Mas é importante saber o que é esse cheirinho bom! Pode ser uma coisa artificial, química que utilizamos todos os dias na nossa pele.
 
As essências são, então, produtos sintéticos criadas artificialmente e que contêm álcool. Por isso mesmo não funcionam no processo a frio (cold process) de saboaria, levando mesmo a que a massa de sabão talhe e seja quase impossível recuperar esse processo. Vai haver uma aceleração da reacção química o que impossibilita o seu manuseio e a colocação no molde. Neste caso, pode tentar-se bater novamente as gorduras e coloca-se no molde. Se o sabão não absorver as gorduras o melhor é “refundir” o sabão.

Podem, no entanto, ser usadas no processo a quente (hot process), devendo ser colocadas no final.
Estas essências não têm qualquer valor terapêutico ou medicinal, apenas aromático.